14 fevereiro 2013

Ioga: O Ninho da Serpente

                                                                           
Para alguns, a Ioga (ou Yoga) é um meio de relaxamento e de alívio da tensão, para outros é um exercício que promove a saúde e o bem-estar e, para uma minoria, é um meio para a cura de doenças. Na mente do leigo, há muita confusão, pois a Ioga, segundo é promovida entre os ocidentais, não é exclusivamente nem uma disciplina relacionada com a saúde, nem uma disciplina espiritual, mas umas vezes é uma coisa, outras vezes é a outra e, frequentemente, uma mistura das duas.

Os componentes que mais atraem os ocidentais às práticas orientais como a Ioga são, antes de tudo, o fato de serem apresentadas como "doutrinas milenares" e, em segundo lugar, o seu caráter exótico e misterioso, o que aos olhos ocidentais forma uma combinação bastante sedutora. Estas características, aliadas a uma promessa de benefícios físicos e psicológicos, tornam estas práticas facilmente assimiláveis à cultura ocidental.

Brasileiros, sobretudo os pertencentes à classe média, cristãos sem grandes vínculos institucionais com a religião, vão aos supermercados e compram livros do Dalai Lama; nas feiras de artesanato adquirem incenso fabricado em Bangalore e estatuetas de  duendes de fabricação doméstica; meditam, praticam Ioga, Tai-Chi-Chuan e fazem uso de florais de Bach; relaxam montando arranjos de ikebana. Em outras palavras: incorporam tais práticas à sua vida diária sem imaginar que elas podem trazer, em si, significados profundos de religiões orientais ou de ideários religiosos não cristãos.

Um cristão sincero deveria informar-se sobre a compatibilidade destas práticas orientais com a espiritualidade cristã e sobre a conveniência de incorporar as suas técnicas e elementos ao seu cotidiano. O apóstolo Paulo alerta aos cristãos: “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Coríntios 6:14)

A palavra Ioga significa “união”, o objeto da Ioga é unir o “eu” transitório secular, “Jiva”, com o Eu eterno, o infinito “Brahman”, um dos conceitos hindus de Deus. Este Deus, segundo o hinduísmo, não é, como muitos supõem, o mesmo Deus bíblico pessoal, mas “a realidade imutável, infinita, imanente e transcendente, que forma o substrato divino de toda a matéria, energia, tempo, espaço, o ser e tudo neste universo.” 1

A Ioga tem as suas raízes nos Upanishads hindus que são anteriores ao ano 1000 a.C., e é dito que essa doutrina espiritual “une a luz dentro de ti com a luz de Brahman”. No Bhagavad Gita, uma das mais importantes escrituras hindus, o senhor Krishna descreve o Jiva como “a minha própria parte eterna”, e afirma que “a alegria da Ioga chega ao iogue que é um com Brahman”.

Aqui é interessante observar que as posturas e os exercícios de respiração, que frequentemente são considerados no Ocidente como sendo a Ioga, são apenas dois dos oito  passos para a união com Brahman. A Ioga não é só um sistema elaborado de posturas e de exercícios físicos, é uma disciplina espiritual que propõe levar a alma ao samadhi, à união total com o ser divino. O samadhi seria o estado em que o natural e o divino se convertem em um, o homem e o ser supremo chegam a ser uma unidade sem nenhuma distinção.

Este enfoque da Ioga é radicalmente contrário ao cristianismo, onde claramente há uma distinção entre Criador e criatura, entre Deus e homem. No cristianismo, Deus é transcendente e totalmente distinto de sua criação e o único sentido em que Ele é imanente à ela, decorre do seu ato criador, isto é, nada existe e não subsiste senão pelo efeito de um contínuo influxo do poder criador. O apóstolo Paulo descreve a  imanência de Deus como sendo a manifestação de seus atributos inefáveis na forma de atributos sensorialmente perceptíveis: “Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas” (Romanos 1:20).

Um editorial do "Yoga Journal" declara a premissa básica da filosofia hindu de que a divindade, o homem, e toda a criação, em última análise, são uma única realidade:
“Estamos todos conscientes de que Ioga significa "união" e que a prática de Ioga une corpo, respiração, e mente, centros energéticos superiores e inferiores e, em última análise, o eu e Deus, ou Eu Superior. Mas, mais amplamente, Ioga dirige a nossa atenção para a unicidade ou unidade em que assenta a nossas fragmentadas experiências de vida e nosso igualmente fragmentado mundo. Família, amigos, a guerrilha no Líbano, a grande baleia migrando para o norte - todos partilhamos a mesma natureza [divina] essencial.” 2

É lamentável que alguns promotores da Ioga, Reiki ou de outras disciplinas orientais, frequentemente distorçam algumas citações da Bíblia, ao citá-las isoladamente, para corroborar os seus argumentos, sem atentar para o contexto nem o significado destas passagens na Bíblia. Alguns cristãos consideram que Jesus tenha sido um iogue, como atualmente podemos ver nas imagens de Jesus existentes em alguns conventos, capelas e presbitérios, em que Ele está representado em posturas de Ioga! Dizer que Jesus é “um iogue” é negar a sua divindade, santidade e perfeição intrínseca e insinuar que Ele tinha uma natureza imperfeita sujeita à ignorância e à ilusão material (maya), e que precisou ser libertado da sua condição humana mediante a prática e a disciplina da Ioga.

Uma tentativa pioneira de contato amistoso entre o cristianismo e os valores da velha prática hindu pode ser vista em 1960, com a publicação de La Voie du Silence , do monge beneditino belga J. M. Déchanet. No Brasil a obra foi publicada em 1962, com um título mais pragmático: Ioga para Cristãos. Déchanet teria sido iniciado na Ioga por Phillipe de Méric, discípulo do indiano Shri Mahesh Gatradyal. Gatradyal chegou à França em 1947 e é apontado como um dos pioneiros na divulgação do Hatha-Ioga naquele país.

Em sua página de apresentação, o autor indica uma interseção possível entre sua religião e a prática indiana: "Cristianizar a Ioga, uma determinada Ioga? Não! Colocar ao serviço da vida cristã certas disciplinas iogues". 3 Não é possível, porém, fazer uso religioso de uma ferramenta de tal natureza sem dela adquirir alguma coisa, por sutil que seja, sem mudar a própria visão de mundo. Essa mudança torna-se especialmente clara quando, a certa altura do livro, o autor, ao invés de se referir a "cristãos praticantes de Ioga", lança mão da expressão "Iogue Cristão" 4

Esta não foi certamente a única tentativa de incorporar doutrinas e práticas orientais ao catolicismo no Brasil. Em 2003, em Florianópolis, a convite da superiora de uma ordem religiosa católica, foram ministradas aulas de Tai-Chi-Chuan para freiras idosas. As religiosas (principalmente as mais velhas) se divertiam muito repetindo movimentos que, de acordo com a tradição chinesa, brotaram do Taoísmo. 5

Entre os contemporâneos do padre belga na relação de "cristãos com um pé no Oriente", aparecem figuras como o jesuíta alemão Hugo Enomiya-Lassalle (1898 - 1990), autor do livro "Meditação Zen para Cristãos" (de 1958). Outros adeptos notáveis são o monge cisterciense/trapista Thomas Merton (1915 - 1968), autor de obras como "O Zen e as Aves de Rapina" e Allan Watts (1915 - 1973), um cristão episcopal que mergulhou profundamente no zen-budismo e que, atualmente, é uma espécie de "referência filosófica" para os aficionados pelo Oriente.

A Ioga é incompatível com a espiritualidade cristã porque é panteísta (ao dizer “Deus é tudo e tudo é Deus”) ou panenteísta, pois considera que embora Deus e o universo sejam uma só coisa, afirma que Deus transcende o universo. Sustenta que existe uma realidade única e todo o resto é ilusão ou maya. O universo como o conhecemos foi criado por Deus e portanto é real. No Hinduísmo, o bem e o mal, tal como a dor e o prazer são irreais (maya). Vivekananda, o ícone mais respeitado do Hinduísmo moderno, dizia que “o bem e o mal são uma só coisa”.

O cristianismo afirma que o pecado é uma ofensa à santidade de Deus e a razão pela qual necessitamos de um Salvador.  Por isso, um cristão não pode, de forma alguma, aceitar naturalmente a prática da Ioga; já que o cristianismo e a Ioga são duas doutrinas incompatíveis. O cristianismo vê o pecado como o principal problema do homem, considera-o como um abismo que o impede de se unir a um Deus absolutamente perfeito. O homem está separado de Deus e necessita se reconciliar com Ele.
O único caminho para esta reconciliação com Deus é Jesus Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Pela morte de Jesus na cruz, Deus reconciliou consigo o mundo. É unicamente através dele que podemos conhecer a Deus, pois Ele afirmou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6); como também: “E Ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mateus 11:27) Ele cobriu com seu sangue a nossa culpa ontológica pelo pecado diante de Deus, e justifica a todo aquele que nele crê perante Deus, tornando assim possível a comunhão humana com o Criador. Ao contrário da Ioga, o Cristianismo vê a redenção como uma dádiva gratuita de Deus que só pode ser recebida e nunca conquistada ou alcançada através do esforço próprio ou de boas obras.

A Hatha Ioga, que está amplamente difundida na Europa e que é praticada na América  principalmente para saúde mental, física e vitalidade, é um dos seis sistemas reconhecidos do hinduísmo ortodoxo, que na sua origem é religioso e místico, e é a forma mais perigosa de Ioga. (Hunt, The Seduction of Christianity: Spiritual Discernment in the Last Days 1985) O Ioga Journal afirma que os “Centros de Ioga que alcançaram maior popularidade nos Estados Unidos usualmente ensinam um dos muitos tipos de Hatha Ioga, uma disciplina física baseada sobretudo em asanas ou posturas e exercícios respiratórios, destinados a preparar o corpo para propósitos espirituais. É oportuno lembrar que, em suas origens, o único propósito da prática da Ioga era o de experimentar a iluminação espiritual.” 6

Há, no entanto, entre muitos ocidentais, um consenso muito difundido de que a prática dos exercícios físicos da Ioga pode ser totalmente dissociada de seu contexto filosófico e espiritual. Esta ideia é totalmente enganosa e a razão pela qual muitos incautos se expõem aos riscos de uma prática que afeta profundamente os aspectos psíquicos e espirituais humanos, na maioria das vezes de forma inconsciente.

No Brasil, o pioneiro na divulgação das técnicas de Hatha Ioga foi o escritor e professor José Hermógenes de Andrade Filho, mais conhecido como Professor Hermógenes, fundador da Academia Hermógenes de Ioga. Foi um dos primeiros a trazer a mensagem do guru indiano Sathya Sai Baba para o Brasil. O primeiro centro foi inaugurado em 1987 e denominado Centro Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Rio de Janeiro. Ficou informalmente conhecido como Centro Sathya Sai de Vila Isabel, devido ao bairro de sua localização. Hermógenes traduziu obras de Satya Sai Baba para o português como "O Fluir da Canção do Senhor (Gita Vahini) e "Sadhana, o caminho interior". Hermógenes é autor de diversas obras coma Ioga : Autoperfeição com Hatha Ioga, Ioga para Nervosos, Caminho para Deus, Dê uma chance a Deus e Deus investe em você. Hermógenes está certamente entre aqueles que vêm na Ioga o complemento ideal para a espiritualidade cristã.

A Ioga física e a filosofia oriental são na verdade mutuamente interdependentes, e, em última análise, não se pode ter uma sem a outra. David Fetcho, um investigador com uma extensa experiência em filosofia e prática de Ioga, afirma:
 “A Ioga física, segundo a sua definição clássica é, inerente e funcionalmente, impossível de ser separada da metafísica religiosa oriental. O praticante ocidental que tenta fazê-lo está agindo de forma ignorante e temerária, tanto do ponto de vista iogue, quanto do ponto de vista cristão.” 7

As autoridades em Ioga Feuerstein e Miller afirmam que as posturas (asanas), da Ioga e suas técnicas respiratórias (Pranayama) são muito mais do que apenas exercícios físicos:
 “Mais uma vez, vemos que o controle da energia vital (Prana), através da respiração, como também a asana, não é apenas um exercício físico, mas é acompanhado de certos fenômenos psicomentais. Em outras palavras, todas as técnicas semelhantes a asana e Pranayama como, por exemplo, os mudras e bandhas [posições físicas ou gestos corporais simbólicos utilizando Pranayama e concentração mental com objetivos físicos ou espirituais] da Hatha Ioga, são exercícios psicossomáticos. Esta questão, infelizmente, é pouco compreendida pelos praticantes ocidentais ...” 8

O objetivo do Pranayama é também o de despertar o uma forma de energia chamada Kundalini. Kundalini, termo sânscrito, significa literalmente "enrolada". Em Ioga, é uma espécie de "energia corporal", uma força inconsciente, instintiva ou libidinal, imaginada em geral como uma deusa ou como uma serpente enrolada adormecida na base da coluna, à qual muitos se referem como "o poder da serpente". Vivekananda assim se refere ao poder desta força mística:

“Então toda a natureza vai começar a mudar e as portas do conhecimento [oculto] será aberta. Nunca mais você precisará consultar os livros para obter conhecimento, sua mente irá se tornar o seu livro, contendo o conhecimento infinito.” 9

Estas práticas são altamente perigosas e existem numerosos depoimentos de pessoas que tiveram suas vidas totalmente desestabilizadas depois de se envolverem com este tipo de Ioga, havendo mesmo casos de indivíduos que chegaram a estados de completa insanidade mental.

São inegáveis evidentemente os benefícios físicos da prática da Ioga quando orientada por profissionais sérios e competentes. Estes benefícios são: a diminuição do estresse e da ansiedade, aumento da flexibilidade e da força dos músculos, melhoria da postura, diminuição de dores nas costas, estimulo da circulação sanguínea, aumento da concentração e do equilíbrio emocional, melhoria da capacidade imunológica, melhoria dos quadros de insônia e depressão e da coordenação motora.

Entretanto, muitos destes benefícios podem ser obtidos através de outras modalidades de exercício físico, até mesmo através de uma simples caminhada. Um estudo recente intitulado “Efeito da Caminhada e do Hatha Ioga Sobre a Intensidade da Dor de Mulheres com Síndrome da Fibromialgia” foi realizado por uma equipe de médicos, professores e fisioterapeutas. Foram formados dois grupos de acompanhamento, um deles adotando a prática da Hatha Ioga e o outro realizando apenas caminhadas regulares. A conclusão do estudo foi a de que “em apenas dez sessões, ambas as práticas promoveram diminuição da intensidade da dor, porém sem apresentar diferença significativa. Embora não apresentando diferença significativa, os resultados deste estudo indicam que a prática de caminhada e de Hatha-Ioga podem promover diminuição na intensidade da dor se praticadas habitualmente.” 10

A Ioga normalmente é definida como sendo não uma religião ou uma terapia, mas uma técnica que visa “criar no indivíduo a consciência do próprio corpo e de que a sua saúde depende apenas dele mesmo e não dos outros”. O cristão não precisa entretanto, recorrer a nenhuma doutrina ou prática pagã para obter o quer que seja. A fé cristã oferece um caminho incomparavelmente superior a qualquer técnica oriental de equilíbrio psíquico e de autoconhecimento. Além de oferecer ao cristão o único caminho seguro para a sua realização espiritual, a fé em Cristo garante a paz interior, o equilíbrio físico e emocional e saúde o corpo e da alma. Jesus é o maior dos médicos e testemunhas atuais de suas curas, que continuam ocorrendo até os dias de hoje, são encontradas entre a maioria dos cristãos.
Embora esta afirmação possa ser vista por muitos como fanatismo ou exagero, o fato é que a vacuidade mental e a devoção ao ego; típicos de práticas espiritualistas orientais como a Ioga; são sem dúvida alguma portas de acesso para entes espirituais malignos, que podem atuar como verdadeiros parasitas psíquicos no indivíduo.

Jesus afirmou que um demônio, após ter sido expulso de um certo homem, voltou a conviver espiritualmente com ele algum tempo depois, porque ele se achava espiritualmente vazio. (Mateus 12.43 a 45).

 A devoção cristã é a via mais eficaz para viver uma comunhão plena com Deus e encontrar paz, equilíbrio e cura para o corpo e a alma. A oração cristã é um diálogo espiritual. Nesse diálogo, não são necessárias posturas, rituais respiratórios, mantras ou perfumes especiais. Através da oração, o cristão contempla a Deus e se deixa contemplar por Ele, fala com Ele e o escuta silenciosamente.

 
1 - Brodd, Jeffrey. World Religions: A Voyage of Discovery. Saint Mary's Press, 2003.

2 - Yoga Journal, May/June 1984

3  - Ioga Para Cristãos – J.M. Déchanet – Cairoscópio – 1962

4 – Ibidem

5 - Conforme entrevista realizada com o professor Rogério Leal Soares para a dissertação de mestrado "Kung-Fu à Brasileira: Estudo sobre a Presença e a Transformação de Elementos Religiosos Orientais na Arte Marcial Chinesa praticada no Brasil", São Paulo, 2004. 221 p. mais anexos. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências da Religião, PUC-SP. Citado por Rodrigo Wolff Apolloni no artigo Entre a Cruz e o Asana: Respostas cristãs à popularização do Yoga no Ocidente. http://www.pucsp.br/rever/rv3_2004/t_apolloni.htm#footnote25nota

6 - Cooke, Jennifer. "Not All Yoga Is Created Equal." Yoga Journal. n.d. http://www.yogajournal.com/basics/165 (accessed October 2, 2010).

7-  Dave Fetcho, "Yoga," Berkeley, CA  - Spiritual Counterfeits Project, 1978

8 - Feuerstein, Georg & Miller, Jeanine. Yoga and beyond : essays in Indian philosophy. Schocken Books, 1972.

9 -Vivekananda, Swami. Vivekananda:The Yogas and Other Works. Ramakrishna-Vivekananda Center, 1953.

10 - Steffens, Ricardo de Azevedo Klumb et al. "Efeito da Caminhada e do Hatha Ioga Sobre a Intensidade da Dor de Mulheres com Síndrome da Fibromialgia." efdeportes.com. Julio 2009. http://www.efdeportes.com/efd134/efeito-do-hatha-yoga-com-sindrome-da-fibromialgia.htm.

http://www.portasabertas.com/ioga.php

Nenhum comentário:

Voltar