17 março 2013

Autoridade Espiritual



A história da humanidade é marcada por guerras, conquistas, traições, golpes, tiranias e tantas outras ações que visam a detenção do poder, isto porque, poder gera autoridade.
Políticos brigam pelo poder, justamente por entenderem que estando no poder ganham autoridade para realizarem o que querem.
Nós cristãos não precisamos lutar pelo poder, pois recebemos o poder do Espírito Santo através de Jesus Cristo.
Para que entendamos o poder e autoridade que temos, precisamos conhecer a essência do poder e autoridade do nosso doador.

 
"E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.  E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo." (Mateus 3:16, 17).
"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra."   (Mateus 28:18)
 

Jesus como homem tinha autoridade e poder:

- Para ensinar  –  Mt. 7:29 / Mc. 1:22
- Para perdoar pecados em nome de Deus  –  Mt. 9:6
- Para expulsar demônios  –  Mc. 1:27; 5:1-15 / Lc 4:36.
- Para fazer milagres químicos e orgânicos - Mc 6:39- 44 / Jo. 2:1-1.
- Para comandar a natureza  –  Lc. 5:1-9; 8:22-25.
- Para restaurar a vida – Lc 7:11-15; 8:40-56 / Jo11:39-46.
- Para gerar salvação e dar vida eterna - Lc. 23:39-43/Jo 5:24; 6:47.
 
Este poder que Jesus tinha enquanto homem foi gerado pela unção do Espírito Santo de Deus.
"Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude (poder); o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele." (Atos 10:38)
 
Entendemos pela Palavra que o poder humano de Jesus tinha origem no Espírito Santo, e por isso Ele nos deu, não somente autoridade, mas pelo Espírito Santo também o poder.
 
"E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Mas recebereis a virtude (poder) do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." (Atos 1:4, 5;8)
 

Jesus recebeu autoridade e poder quando entrou no rio Jordão. Ele estava naquele momento recebendo poder e autoridade constituída, mas mesmo assim precisou conquistar por exercício de comunhão, amor, fé, humildade e obediência também, a autoridade consolidada.
 
"E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam."
(Mateus 4:9-11)
 
"Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. E ensinava nas suas sinagogas, e por todos era louvado." (Lucas 4:14, 15).
 
Entendemos então que o cristão recebe autoridade e poder, mas tem que consolidá-los no exercício do ministério. Por isso muitos não entendem o porque deles não conseguirem ter essa autoridade se a Palavra diz que recebemos autoridade pelo nome de Jesus.
 

* Autoridade Constituída
 
É quando recebemos autoridade ou autorização para executarmos alguma tarefa ou atribuição em nome de alguém ou de alguma instituição.

Exemplos: um Pastor;um policial;um oficial de justiça;um árbitro de futebol;um Juiz de direito; um deputado.
Todos estes receberam autoridade de instituições, para exercerem ofícios em nome das tais.
Nós cristãos também recebemos autoridade espiritual da parte de Deus para trabalharmos no reino espiritual.
 
"Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto; mas que calçassem sandálias e que não vestissem duas túnicas. E, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse. E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam." (Marcos 6:7, 8,9; 12,13).
 
"E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão." (Marcos 15:17, 18).
 
"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!" (Mateus 28:18-20)
 
Vemos nos textos exemplos de autoridade constituída, a promessa de capacitação da parte de Jesus Cristo para com aqueles que exerceriam mandato no reino espiritual.
Sem a constituição de autoridade ficamos clandestinos no mundo espiritual, e sendo assim não haverá poder, muito menos exercício de mandato.
 
"E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes.

Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa. E foi isto notório a todos os que habitavam em Éfeso, tanto judeus como gregos; e caiu temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido."
(Atos 19:13 – 17)
 

* Autoridade Consolidada
 
É quando a autoridade constituída torna-se uma realidade de exercício na vida do cristão.
   Pela falta de consolidação da autoridade é que muitos não conseguem operar libertação em níveis pessoais e territoriais em batalha espiritual com eficácia.
A autoridade quando adquirida pelo cristão, deve ser fortalecida e ampliada. Há necessidade que se constitua esta autoridade em todo o nosso ser.  Seres espirituais como os demônios não respeitam instituições doutrinárias, denominações, cargos ou documentos. O único nome que respeitam e temem é o nome de Jesus.

 
"Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai." (Filipenses 2: 9-11)
 
Há níveis de batalha em que precisamos estar com a nossa autoridade totalmente consolidada, pois sem essa condição poderemos vencer em um dia, e no outro perdermos.
Isso aconteceu com os discípulos de Jesus.
 
"E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; E este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam." (Marcos 9:17, 18).
 
Vejam: Jesus já tinha dado autoridade aos discípulos para operarem no sobrenatural - "Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos... E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam. (Marcos 6:7; 13).

A pergunta é: - Por que eles não conseguiram exercer autoridade se já tinham feito isso antes?

Não podemos nos enganar, a autoridade tem que ser acrescida em nós, pois haverá dias em que teremos que enfrentar poderes maiores que os de ontem.
Não podemos viver de experiências antigas, achando que todas as outras serão iguais. NÃO SE ENGANE!

Muitas vezes não alcançamos vitórias por não possuirmos maturidade espiritual, enxergando que algumas das nossas batalhas são mais difíceis que outras.


"E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar? E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum." (Marcos 9:28, 29)
Outro exemplo é o da igreja cristã em Roma.
 "O Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém!" (Rm. 16:20)
 
No contexto da carta aos Romanos, o apóstolo Paulo identifica uma igreja com problemas de facção, contendas, entre outras coisas que escandalizavam o evangelho em Roma, então conhecendo que essas obras eram diabólicas e tinham a finalidade de trazer escândalo e descrédito à igreja, o apóstolo afirma que em breve eles possuiriam a autoridade (CONSOLIDADA ATRAVÉS DA MATURIDADE ESPIRITUAL) para esmagar a cabeça de satanás naquele lugar, assim como Cristo esmagou nas regiões celestiais.
Com isso entendemos que precisamos nos aperfeiçoar em Cristo e no Espírito Santo, experimentando mais momentos de vitória do que derrotas. A autoridade pelo nome de Jesus nos foi delegada, mas carecemos ainda de conhecimento e exercício desta autoridade constituída a nós.
Pr. José Maurício

02 março 2013

Avivamento Na Família



Força hostis e tenebrosas conspiram contra a família e a encurralam de todos os lados, com o firme propósito de desestabiliza- la e destrui-la. Ha uma orquestração do inferno para dinamitar os alicerces desta instituição divina. Torpedos mortíferos estão sendo lançados sobre o lar nesta virada de milênio. Crises gigantescas e medonhas garroteiam a família e a estiolam. Tempestades borrascosas assolam-na com desmesurado rigor. A família tem se transformado, muitas vezes, em campo de guerra, em arena de brigas e mágoas e em cenário de decepção, desencanto e traição.
 Em muitos lares a alegria da comunhão já morreu, o diálogo acabou, o fogo da devoção a Deus se apagou e o altar do culto doméstico está em ruínas, coberto de cinzas. A família esta sendo invadida por valores relativos e mundanos e envelopada pela mídia hedonista que despeja sobre os lares um veneno devastador e mortal. Muitos casamentos estão naufragando, vitimados pelo acidente trágico do divórcio, causado pela infidelidade, pela decepção e pela falência dos sonhos de uma vida feliz, deixando feridas profundas na vida dos filhos, que vivem o drama de serem filhos órfãos de pais vivos, afastados de seus pais, guando mais precisam deles.
 Nesse contexto de convulsão social, da falência da virtude, do desbarrancamento da piedade, e necessário buscar a Deus c clamar por um avivamento na família, pois cremos que só em Deus está a cura e a restauração para ela. Deus pode pegar um vaso quebrado e fazer dele um vaso novo, pode soprar no vale de ossos secos e levantar daí um exército. Deus pode curar feridas, restaurar casamentos, converter o coração dos filhos aos pais, derramar amor no coração dos conjugues, capacita-los para perdoar e dar-lhes uma nova disposição para investir tudo na restauração da família.
 Chamo sua atenção para uma família que foi bombardeada pela furia de Satanas. Trata-se da família de Jó. Ele era um homem bem- sucedido. Realizado financeiramente. Tinha uma vida moral ilibada. Era elogiado pôr Deus. Era um pai extraordinário que tinha boa comunicação com os filhos e orava pôr eles constantemente às madrugadas. Satanás, porem, questionou a integridade de Jó e Deus permitiu que ele fosse provado. Satanás atingiu as cinco áreas vitais da sua vida:
 
 1. Finanças;
 2. Filhos;
 3. Saúde;
 4. Casamento;
 5. Amizades.
 
Jó perdeu todos os seus bens. Ele foi a falência. Ele ficou arruinado financeiramente. Depois desse esbarro desinstalador, ele ainda perdeu seus dez filhos, esmagados e soterrados por um terremoto, num dia de festa e celebração da família. Esse pai, com o coração apertado vai para o cemitério sepultar todos os seus filhos num único dia. Se isso não bastasse, seu corpo foi ferido dos pés a cabeça por uma enfermidade devastadora. Tumores malignos cobriram a sua pele. Seu corpo apodrecia. Ele raspava suas feridas com cacos de telha. Da sua pele enegrecida e do seu corpo encarquilhado exalava- se um mau cheiro repugnante. As pessoas o praguejavam e cuspiam nele. Sua dor era atroz. Seu choro era constante. Desejou morrer antes de ter nascido. Amaldiçoou o dia do seu nascimento e suspirou ter encontrado os seios da sua mãe secos de leite, para morrer de fome na sua infância. Mas, a fúria de Satanás ainda ardia contra Jó. Agora, seu arquiinimigo joga a sua esposa contra ele. Ela, desestruturada, revolta-se contra Deus. Ergue seus punhos contra os céus. Deixa de ser aliviadora de tensões para ser uma algoz do seu marido. A Jó, só lhe restavam os amigos. Eles vem de longe, solidarizam-se com ele na sua dor, mas ao tentarem encontrar respostas para o seu sofrimento, assacam contra ele acusações pesadas e levianas. Acusam-no de adúltero, de ladrão, de opressor, de insolente, de hipócrita, de louco. Em vez de consoladores, tornaram-se carrascos.
 A família de Jó estava toda arrebentada. Estava destruída. Estava no fundo do poço. Das profundezas da sua angustia, Jó ergueu ao céu dezesseis vezes a pergunta: Por que? Por que estou sofrendo? Por que perdi os meus filhos? Por que minha dor não cessa? Por que o Senhor não me mata? Por que o Senhor não responde as minhas orações? Jó lança para Deus mais de trinta vezes sua queixa amarga. Abre o seu coração, extravasa a sua dor, espreme as suas feridas e chora as suas magoas. Como resposta as suas perguntas perturbadoras, ele só escutou o silencio. Parecia que Deus estava distante e indiferente ao caos que havia se estabelecido em sua família. Na verdade, ninguém fez uma leitura correta dos problemas que haviam desabado sobre aquela família. A mulher de Jó ficou revoltada com Deus e pediu ao seu marido para amaldiçoa-lo. Jó pensou que sua aflição vinha do próprio Deus, por isso capitulou-se aos queixumes. Os amigos de Jó fizeram-lhe causticas e falsas acusações, dizendo que ele estava sofrendo por causa de seus graves pecados.
 
Aquela família estava num nevoeiro denso. Estava precisando de um avivamento. Então, do meio das trevas da dor, surge a luz da esperança. Do caos brotou a restauração. Do deserto, uma fonte de esperança começou a jorrar. Deus se revelou a Jó. Mostrou-lhe sua soberania e seu controle sobre todas as coisas. Jó compreendeu que os desígnios de Deus não podem ser frustrados (42.2). O sofrimento de Jó, em vez de endurecê-lo, levou-o para mais perto de Deus (42.5,G). Deus converteu em benção toda maldição que o diabo lançou sobre Jó. Tudo o que o diabo tomou de Jó, Deus trouxe de volta.
 
1. Deus restaurou os bens de Jó (42.10). Ele ficou o dobro mais rico. Seus negócios prosperaram. Seus empreendimentos deram certo. A benção de Deus o enriqueceu.
 
 2. Deus restaurou a saúde de Jó (42.1G,17). Deus o curou de todas as suas enfermidades. Ele viveu mais cento e quarenta anos e viu sua descendência se prolongar na terra.
 
 3. Deus restaurou o seu casamento (42.12,13). Aquela mulher amarga e revoltada foi curada por Deus e eles tiveram uma linda história de amor.
 
 4. Deus restaurou os filhos de Jó (42.13-1G). Deus lhe deu outros dez filhos. Agora, Jó tem dez filhos no céu e dez filhos na terra. O detalhe e que suas filhas agora são as mulheres mais bonitas do oriente.
 
 5. Também Deus restaurou os amigos de Jó (42.7-9). Deus os fez ver a loucura e a injustiça que haviam cometido contra Jó. Deus converteu o choro em alegria, vale em manancial, o deserto em oásis, o ultimo estado melhor do que o primeiro (42.12). Satanás tentou destruir Jó, mas este saiu da crise mais fortalecido, mais rico e mais perto de Deus.
 
Hoje Deus pode fazer também um milagre na sua vida e na sua família. Se você esta vivendo em crise, mas confia em Deus, então, deixe de murmurar, ore e esteja certo de que um milagre está a caminho. Deus quer restaurar as finanças do seu lar. Ele quer salvar os seus filhos. Ele pode curar as suas enfermidades. Ele quer abençoar o seu casamento c reconciliar você com aqueles que o fizeram e ainda o fazem sofrer. Hoje e dia de restauração para o seu lar. Agora é o tempo de buscar um avivamento para a sua família!
Rev. Hernandes Dias Lopes

01 março 2013

Os Quatro Pilares da Sustentação da Família

 
O casal é a espinha dorsal da família e a família é a célula máter da sociedade. Com base nestas duas verdades, vamos rever quais são os aspectos funcionais da união conjugal e como podemos desenvolver uma cultura familiar nutridora. Lembre-se, ninguém melhor do que o idealizador da família, que é Deus (Sl 127:1), para dizer como ela deve ser e funcionar. A Bíblia é "o Manual" que ensina todos os passos para se construir um projeto de vida em família que realmente vale a pena. Quando Deus planejou a família não a deixou para que o homem a edificasse da sua maneira, muito pelo contrário, ele deixou princípios que devem nortear toda a construção do projeto. Vejamos quatro princípios imprescindíveis que são como colunas de sustentação na edificação Da família:

 
I. INDEPENDÊNCIA GRATA.
 
"Por isso DEIXA o homem pai e mãe..." (Gn 2:24a) O casamento implica em romper o cordão umbilical de dependência dos pais, é um deixar em três aspectos importantes: geográfico, emocional e financeiro. É sempre bom lembrar que o texto diz deixa, o que é bem diferente de abandona. A causa do fracasso de muitos relacionamentos, é porque o marido ou esposa depois que se casaram deram as costas aos pais abandonando-os. Há um mandamento na Palavra que  Diz: "Honra teu pai e tua mãe ... Para que tudo te corra bem e tenhas longa Vida sobre a terra". (Ef 6:2,3) Gosto de um pensamento que os agricultores usavaram em uma campanha nos Estado Unidos: "Se não gosta do que esta colhendo, olhe para traz e veja o que você plantou", isso se aplicada aqui também. Essa independência tem que ser com muita gratidão, é um deixar para voltar a fim de assistir, cuidar, abraçar e honrar os pais.
 
Um Deixar geográfico - Há um adágio popular muito conhecido que expressa uma grande verdade: "Quem casa, quer casa". Não é prudente o casal logo no inicio da vida a dois, ir morar com os pais. Aqueles que estão começando a caminhada conjugal, precisam aprender e amadurecer assumindo com responsabilidade todas as implicações da vida a dois, o que não acontece se eles estiverem morando com os pais. Seria interessante que o casal começasse a construção do seu projeto de vida conjugal em seu próprio "ninho - casa". A privacidade é fundamental para que a relação se desenvolva e os dois cresçam.
 
Deixar emocional - A privacidade de um lar depende dos limites que o casal estabelece para que sejam respeitados. Onde não há respeito aos limites, não há privacidade. Alguns conflitos conjugais são, muitas vezes, expressão de conflitos de lealdade com a família de origem que não consegue afrouxar e transformar os laços familiares para conseguir ligar-se ao parceiro e formar uma base de uma nova família. Os pais precisam entender que os filhos são temporários e o casamento é permanente. Quando há compreensão desta realidade, acaba a competição entre nora e sogra e a convivência é facilitada. O segredo está no respeitar os limites que o casamento impõe em relação a família de origem.
 
Deixar financeiro - O que dizer dos pais que superprotegem o filho casado, bancando tudo? Sempre que os pais assumem todas as despesas, a tendência é eles sentirem-se donos do casamento do filho. Não seria esta uma das causas dos grandes conflitos em muitos casamentos? Os pais devem ensinar os filhos a pescar, e não passar a vida toda dando peixe nas mãos deles. Tenho insistido nas minhas palestras com os jovens, que o casamento deve acontecer quando o casal tiver condição de se auto-sustentar, para que haja um "deixar" financeiro em relação os pais. Não estou afirmando que os pais não devem ajudar os filhos em tempo de dificuldade. Sou contra o comodismo de muitos filhos e a incensates dos pais que não ensinam os filhos a irem a luta.
 
Casais que vivem na dependência financeira dos pais por causa do comodismo, não crescem no relacionamento conjugal e se tornam um peso para família.
 
II. UNIFICAÇÃO - Aliança
 
"...e se UNE à sua mulher..." (Gn 2:24b) O termo unir ou apegar (como em algumas traduções) lembra a mesma palavra hebraica usada no livro de Josué 23:8. Apegar aqui significa juntar, afeiçoar, adaptar, agarrar, unir, atar, conciliar, harmonizar, ligar, fundir, soldar, associar, colar uma parte na outra, esse é o sentido da união conjugal. No livro de Malaquias há um texto que descreve a seriedade do casamento aos de Deus: "E vocês ainda perguntam: 'Por quê?' É porque o SENHOR é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo(aliança) matrimonial. Não foi o SENHOR que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E por que um só? Porque ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. 'Eu odeio o divórcio', diz o SENHOR, o Deus de Israel, 'e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas', diz o SENHOR dos Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis". (Ml 2:14-16) É bom deixar claro que, o texto não diz que Deus odeia os divorciados, isto porque em determinadas situações a separação é como uma saída de emergência. Sem dúvida, se dependesse só de Deus, não haveria divórcio. Quando uma separação de casal acontece, ninguém ganha!
 
Por que Deus odeia o divórcio? Porque o casamento foi planejado para ser uma união monógama (o ideal de Deus: um homem para uma mulher e vice-versa), exclusiva (fidelidade) e permanente (não é uma relação descartável). Ainda que muitos tentem provar o contrário, esse é o plano original de Deus para os homens.
 
III. UNIÃO CARNAL - procriação e recreação.
 
"... Tornando-se os dois uma só carne..." (Gn 2:24c)
 
Procriação - (União Física - Biológica) Um dos aspectos funcionais do Casamento é a perpetuação da raça humana, isso está explicitado em Gn 1:28b: "Deus os abençoou, e lhes disse: 'Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra'!..." (BNVI) Há casais que fazem a opção radical de não ter filhos, essa decisão pode no futuro ser a causa de conflitos, desajustes e infelicidade conjugal. Filhos são herança do Senhor (Sl 127:3) e traz equilíbrio na relação de casal, tê-los não é opcional, é uma necessidade. Quando o casal em função de um problema de infertilidade não pode gerar filhos biológicos, eis uma grande oportunidade para gerar a partir do coração (adoção). Casais que adotam crianças, repetem o gesto de Deus, pois Ele só tem um filho legítimo (Jesus) os demais são todos adotados, inclusive eu e você. (Rm 8:15)
 
Recreação - (União emocional) Não se pode negar a volúpia sexual (Pv 5:19). A satisfação que o sexo fornece é o prazer obtido de reafirmação do preito original do mútuo amor. Sem o prazer do sexo, sem a união física, o casamento se torna platônico, estéril e ilusório. A Bíblia é muito rica quando se trata do prazer proporcionado pelo ato conjugal. Há um texto em Provérbios, que numa linguagem figurada, ensina como o casal deve usufruir desta bênção planejada por Deus aos seus filhos.
 
"Beba das águas da sua cisterna (fidelidade), das águas que brotam do seu próprio poço. Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela". (Pv 5:15-19 BNVI) Paulo o apóstolo, também se preocupou com o ajustamento sexual dos casais da igreja de Corinto, pois só assim eles estariam fortalecidos para vencer as tentações. Gosto da maneira clara como ele coloca o assunto.
 
"O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio". (1 Co 7:3-5 BNVI) O que Paulo está dizendo, é que o ajustamento sexual do casal, é a melhor maneira para se prevenir contra os pecados sexuais.
 
IV. INTIMIDADE - transparência.
 
"O homem e sua mulher viviam NUS, e não sentiam vergonha". (Gn 2:25)
 
Casar é conhecer, e só há conhecimento e intimidade quando homem e mulher se descobrem um para o outro no relaciomento conjugal. Essa nudez na relação de casal, deve ser mais do que física, precisa ser emocional, psicológica e espiritual. Conheço casais que dormem na mesma cama e até se relacionam sexualmente, mas vivem como dois estranhos, não há intimidade, não se conhecem. Quando é que o cônjuge se desnuda interiormente para que o parceiro (a) o conheça? Quando se constrói uma relação de confiança e de amizade dentro do casamento. Ninguém abre as gavetas da intimidade da sua alma, para uma pessoa que não inspira confiança. A falta de liberdade e segurança, faz os casais deixarem de crescer em intimidade. Quando o casal procura desenvolver e aprofundar o compromisso de amizade e confiança na relação, os dois crescem em intimidade e fortalecem o casamento.
 
Conclusão
 
Quando esses quatro princípios independência grata, fidelidade na preservação da unidade, união sexual ajustada e intimidade física, emocional e espiritual são levados a sério, não tem como o casal não ser feliz contando sempre com a bênção do Senhor no relacionamento. Termino dizendo a você que, o meu sonho é ver o maior numero possível de famílias caminhando debaixo da graça do Senhor! 
 
Pr. Josué Gonçalves

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