30 agosto 2011

Traidores e Infelizes



       Não raro encontramos pessoas casadas, geralmente homens, contando suas peripécias extraconjugais, conhecidas por muitos, das quais não guardam segredo.


        A própria sociedade aceita o papel do traidor como se fora algo normal. No mundo cão em que vivemos, o certo passou a ser considerado errado, e o errado, certo. É uma inversão de valores. É o desprezo aos valores morais. Não há limites à depravação, nem padrões definidos para que as pessoas possam medir, pautar, definir seus atos. Há, sim, um padrão de moralidade, mas os depravados, rebeldes, espiritualmente cegos, não desejam se pautar pelo padrão infalível da Palavra de Deus.


        Os adúlteros se esquecem do sério compromisso assumido diante dos homens e de Deus, de serem fiéis até a morte. Sem luz, sem amor, sem misericórdia seguem o caminho dos destruídos, dos falsos, dos hipócritas, dos rebeldes, dos traidores e infelizes. Dos infelizes porque não há felicidade numa vida de mentira e falsidade.


        Acreditam os traidores que estão tendo algum tipo de vitória; que estão realmente exercendo sua condição de machista, de homens que conseguem fazer tudo às escondidas. Diante de suas respectivas esposas demonstram carinho, amor, fidelidade. Tudo falso. Os traidores jamais terão um lar feliz; jamais serão felizes. Traição é incompatível com felicidade. Podem possuir uma casa com móveis e comida farta. Só. Estarão sempre bem próximo de um divórcio, de uma ruptura, de um desenlace. Colherão o produto da semeadura.


        Quem planta ventos colhe tempestade. O adultério é obra da carne, produto de uma vida sem compromisso com Deus. Os adúlteros não irão morar no céu, mas padecerão no inferno para sempre. O sofrimento começa aqui mesmo na Terra: mais de uma mulher, peso de consciência, desequilíbrio financeiro, filhos traumatizados.

        Assim está determinado:

Ficarão de fora [da salvação] os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira (Apocalipse 22.15).
Airton Evangelista da Costa

29 agosto 2011

Conselhos para quem fez escolhas erradas


“Olha para mim, e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito.” Salmo 25:16

As nossas escolhas  podem nos fazer felizes ou nos derrubar ao pó. E considerando que temos um péssimo hábito de escolher primeiro, para ver depois como é que fica, podemos nos ver embaraçados em redes malignas. E agora, é possível consertar uma escolha errada? O que se pode fazer para remediar isso é o tema desta mensagem.

A paz e a felicidade dependem de nossas escolhas. O ruim é que, às vezes, só descobrimos que fizemos uma escolha errada, depois que começamos a enfrentar as consequências. Eu me propus neste Blog a usar parte do tempo para fazer aconselhamento pastoral e vejo que, a cada semana, tem aumentado o número de cristãos que confidenciam suas mazelas e pedem uma palavra amiga. Embora o corre-corre diário nos atrapalhe em andar mais íntimo com Deus, o seu amor nos constrange a dizer algo que desejamos que ajude.

É mesmo difícil lidar com as consequências de uma escolha errada. Há coisas que não são tão simples de apagar, como as palavras escritas na areia ou um texto rabiscado com um lápis. Olhamos para uma coisa e ao procurar pegá-la, podemos nos ferir. Foi isso que aconteceu com meu polegar esta semana. Estava limpando alguns papéis que caíram atrás do meu computador, quando espetei o dedo em um caco de vidro. Ação e consequência.

Tempo, família  e Igreja. Pastor Paul Youngi Cho, em um de seus livros, posicionou uma hierarquia que primeiro vinha Deus, depois a família, e em seguida a Igreja. Recebi outro dia um email de um jovem que teve seu namoro interrompido, porque seus domingos estavam comprometidos com atividades de liderança em um grupo de louvor. Como colocou isso em primeiro plano e estar com sua amada em segundo, ela terminou o namoro, e ele ficou infeliz e até desistiu da Igreja.

Lembro-me que no ano em que comecei a nomorar minha esposa, eu trabalhava, fazia faculdade, morava longe da família, lavava roupas no sábado pela manhã, participava da reunião de professores de EBD á tarde, ensaiava (banda) com a mocidade no domingo, dava aulas da Escola Dominical à tarde, e à noite tinha o Culto. Como fora Jesus quem tinha me mostrado a jovem, não tivemos grandes problemas. Contudo, procurei o superintendente da EBD e propus um trato: um domingo eu ficaria à tarde na Escola, mas no outro iria à casa da moça – para namorar. Ele aceitou, e deu certo.

Tenho visto, e você também, como as pessoas erram neste assunto, colocando as atividades da Igreja sempre em primeiro lugar, em detrimento da família. Resultado? filhos e conjuges aborrecidos – quando não desviados e horrorizados à simples menção da palavra: Igreja. Esse versículo não está na Bíblia, mas a paráfrase também é verdadeira: O que adianta ganhar o mundo inteiro, mas perder um filho ou a família inteira para o mundo?

Pensar primeiro, e escolher depois. Tomar decisões sem orar, sem planejar, é uma coisa que tem tudo para dar errado. Em assunto de namoro, então, nem me fale… Primeiro é a pressa, depois a dissimulação: a pessoa não gosta de alguém, mas finge (engana) que sim. A Bíblia é bem clara quanto a isso, é: Sim, sim ou não, não! O que passa disso, tem o dedo do malígno por trás. Brincar com o sentimento de outra pessoa é uma atitude que tem o nome de engano. E se fosse enganar alguém, na área sentimental, pode apostar que vai colher o troco. O contrário do engano – a sinceridade – é o caminho certo, para ter a bênção de Deus.

E o que fazer para reaver a paz ou a comunhão com Deus perdida, por causa de uma escolha errada? Bem, não existe um remédio milagroso que elimina todas as consequências de nossos atos ou omissões. Ficar deitado na poeira da derrota é a pior das atitudes, pois você será presa fácil do diabo. Se ele viu você caído, vai tratar de embaraçá-lo, de tal forma, para que nunca mais se levante. Há um versículo que trata deste assunto em Apocalipse 2:5 “Lembra, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não arrependeres”. O cristão que deseja se concertar com Deus e com o próximo ofendido, como um carro, deve ter “marcha ré”. Arrepender-se de coração, procurar a pessoa ou quem quer que seja, e agir: pedindo perdão a Deus e principalmente ao ofendido.

Se o pneu do carro estiver furado, não adianta consertar a porta.

E com essa analogia, queremos dizer que é preciso se humilhar sinceramente para conseguir tanto o perdão de Deus quanto da pessoa com quem falhamos. O diabo deseja que você não dê o braço a torcer. Que mantenha a soberba. Mas não é assim que Cristo nos ensina. Quer ver? Pedro vacilou feio, depois que disse ao Senhor que todos poderiam abandoná-lo, mas que ele nunca iria negá-lo… Pior que negou. Não uma, mas três vezes. E por isso ficou amargurado, e ainda levou outros discípulos de volta ao mar da derrota. E mesmo tendo sido abandonado, Jesus foi atrás de Pedro, para lhe dizer que os peixes estavam do lado direito do barco. Era só jogar a rede.

E esta palavra, leva a uma outra na Bíblia. Se teu irmão pecar contra ti, vai e converse com ele, e se ele se arrepender, perdoa-lhe. E se pecar sete vezes no dia sete vezes contra ti, e vier dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe. Aqui está o outro lado da moeda, alguém tomou uma atitude errada e você está sofrendo com isso. E vai continuar sofrendo, se não comunicar este fato ao irmão (pessoa não estranha) para que ele saiba. Se ele se humilhar e pedir perdão – maravilha! Mas, considere também que há uma possibilidade de que isso não aconteça, e nesse caso esteja preparado para perdoar em seu coração, mesmo que ele não mereça. O perdão e o amor são atitudes. Deus nos amou primeiro, sendo nós ainda pecadores.

E como se faz para se levantar da poeira da derrota ou buscar a presença de Deus perdida? O primeiro recurso é nunca colocar um ponto final em um assunto. Lucas 1:37, diz que “Para Deus não há nada impossível.” A não ser ajudar uma pessoa que teima em ficar do jeito que está – deitado no pó. Há vários versículos na Bíblia, onde vemos Deus dar essa ordem: Levanta-te! O olhar de Deus sempre está atento aos que insistem. Foi Jesus mesmo que ensinou isto em Lucas 18 – na Parábola do juiz iníquo. Para se levantar, é preciso buscar a presença de Deus em orações e jejuns. Não de forma mecânica e fria, mas com sinceridade de alma, pois não podemos enganar a Deus. Há também que se fazer um concerto com os homens.

Lembro-me de um moço que estava perdendo a casa para um falso irmão. O moço orava, agia, mas a casa estava sendo tomada. E por quê? Porque nosso irmão esta com a vida desordenada diante de Deus e dos homens. Devia a muitos; não pagava nem se justificava. Até fumar, estava fumando. Orientei para que procurasse seus credores e fizesse um compromisso de pagar suas contas. Do cigarro pediu perdão na Igreja. O que aconteceu? Os impedimentos saíram, e o diabo não teve mais como resistir ao anjo de Deus. Aqui volto a lembrar do caso do pneu furado. Se o problema é com o pneu, não adianta consertar a porta! É preciso fazer a nossa parte, agir quanto ao que é possível de fazer, para que, então, Deus trabalhe com as coisas impossíveis.

O desânimo é a pior das atitudes. Moisés era morto e Josué estava desanimado, a ponto de Deus insistir três vezes dizendo para se esforçar e ter bom ânimo. Se animar é crer que Deus pode mudar a ordem natural das coisas, é acreditar que no dia de amanhã você terá reconquistado a causa perdida, porque Deus agiu na sua vida.

E quando for tomar uma nova decisão, fazer uma nova escolha, não seja precipitado. E se tiver uma dúvida quanto ao negócio – não decida. Siga em frente somente depois de ter orado bastante e estiver com PAZ em seu coração.
 João Cruzué

27 agosto 2011

Os Perigos de Cruzar os Braços


Salmo 18.2

         Em certos momentos de nossas vidas, nós nos deparamos com situações impossíveis de serem ultrapassadas, muitas vezes por situações que não dependem de nós para serem resolvidas.          Na maioria dessas situações o responsável direto se chama satanás.
         A função do diabo é: Parar os Cristãos ou Acelerar os Cristãos.
         PARAR é uma atividade que ele exerce naturalmente, tentando sempre estragar os planos dos cristãos.
         ACELERAR é outra maneira que satanás utiliza para estragar as vidas dos cristãos. Como ele acelera os cristãos?
          Mexendo com o ego da pessoa, dizendo no ouvido da pessoa: Você prega muito, quando você ora os corações são quebrantados, etc...
          É exatamente desta maneira que ele age, tentando massagear o ego das pessoas, para que essas pessoas acreditem que tudo que está acontecendo, que esse poder vem delas próprias e não de DEUS.
          Muitas vezes, em nosso dia a dia, satanás e seus demônios se levantam contra nós. E é nestes momentos que muitos não sabem como se comportar, ou melhor, de que maneira agir.
O que fazer diante destas situações de  Batalhas Espirituais? (Am. 6,1)

- Jamais Cruzar os Braços.
        - Davi foi um homem extremamente vitorioso em suas batalhas, o SENHOR estava com ele.
         - Em nenhum momento Davi cruzou os braços.

Os Perigos de Cruzar os Braços
        - Quem cruza os braços não consegue abrir o seu coração para ouvir a DEUS, pois só está esperando as coisas caírem do céu.
         - Quem cruza os braços fica sem saída alguma diante da situação.
        - Quem cruza os braços está à mercê das circunstâncias adversas.
         - Quem cruza os braços está sem poder de reação.
         - Quem cruza os braços é porque sabe que vai esperar por muito tempo.

Atitudes a se tomar em uma Batalha Espiritual
 (SL 18,3) - Clamar / Invocar ao Senhor!
        - Só invoca ao SENHOR aqueles que confiam. (SL 18,2).
        - DAVI não deixou o medo tomar conta dele, invocou o SENHOR assim que a angústia bateu. (SL 18,6 A)
         - DEUS nos ouve e age no tempo DELE. (SL 18,6 B)
        - DEUS não nos livra do problema e sim NO PROBLEMA. (SL 18,16)

(SL 18: 20-26) - Andar em Santitade!
        - DEUS só enxerga aqueles que andam em santidade, DEUS não reconhece o pecado.
         - DEUS recompensa aqueles que seguem os seus caminhos.
         - Sempre haverá uma recompensa para aqueles que guardam os caminhos do SENHOR. Vale a pena.
         - Quem anda em santidade não abre brechas para a construção de fortalezas.
         - Não adianta andar em santidade e não utilizar o escudo do SENHOR! (BÍBLIA). (SL 18,30)

(SL 18,34) - Guerrear Contra os Nossos Inimigos.
          - DEUS nos capacita para a batalha.
         - Devemos enfrentar os nossos inimigos para que não sejamos consumidos por eles.
         - DEUS disse que vai nos capacitar para a guerra e não nos tirar da guerra. DEUS não nos livra do problema e sim nos livra NO PROBLEMA.
         - Quem não luta é consumido pelos inimigos.
         - Quem luta em uma guerra com a confiança em DEUS jamais perderá. (2 Sm 17,45).

(SL 18,44) - Ser Igreja.
       Durante uma batalha espiritual ser igreja faz a diferença.
         - Igreja exerce a sua autoridade. (SL 18,44)
         - Igreja é a MAIOR autoridade espiritual na Terra. (SL 18,47).
         - Igreja é o povo escolhido do SENHOR! (SL 18,50).
         - A Igreja obedece ao SENHOR.
     
        - A igreja é você!!!

História do Alpinista no Aconcágua.
         Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.
         Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar, resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo.
         Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua, e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.
         Subindo por uma "parede" a apenas 100m do topo ele escorregou e caiu ...
         Caia a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade.
         Ele continuava caindo ...e nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida ... de repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade...Shack! Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.
         Nesses momentos de silêncio, suspendido pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:
         - Ó meu Deus, me ajude !!!
        De repente uma voz grave e profunda vinda do céu respondeu:
         - O que você quer de mim ?
         - Me salve meu Deus por favor !!!
         - Você realmente acredita que possa te ajudar ?
        - Eu tenho certeza, meu Deus !!!
         - ENTÃO CORTE A CORDA QUE TE MANTÉM PENDURADO ...
         Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda à corda e refletiu que se fizesse isso morreria...
         Conta a equipe de resgate que no outro dia encontrou um alpinista congelado... morto... agarrado com força... com as suas duas mãos a uma corda...A TÃO SOMENTE DOIS METROS DO CHÃO...
Reflexão da HISTÓRIA.
        - Muitas vezes decidimos seguir em nossa caminhada ministerial desta maneira, com ousadia de subir os montes sozinhos, e não deve ser desta forma, pois somos um corpo e todos temos que estar juntos (UNIDOS).
          - Chega uma hora que DEUS nos pergunta você realmente confia em MIM? ENTÃO CORTE A CORDA E SE LANCE NA PRESENÇA DE DEUS.
         - Quem sabe a solução dos seus problemas está a dois metros do chão, e você está com medo de confiar em DEUS.  Confie, Ele é  SOBERANO.
         - Se DEUS está lhe direcionando para fazer algo, faça sem medo.

CONCLUSÃO
         O porquê do SALMO 18:
         - Mostrou-nos que não devemos somente nos defender dos nossos inimigos e sim ataca-los com as armas que DEUS nos deu e Ministrar Libertação aos Cativos.
         - Pois tenham a certeza que aparecerão muitas pessoas com problemas espirituais e devemos estar preparados como obreiros e membros para ajudar estas pessoas.
         - Tenhamos conciência de que somos Igreja e que devemos lutar contra as hostes espirituais.
        
         - Então Jamais vamos Cruzar nossos Braços, Amém!?!?!?
        Marcelo Barbosa Lima

26 agosto 2011

Os 7 tipos de crentes (As 7 Igrejas do Apocalipse)


A maioria dos livros do Novo Testamento são cartas que foram escritas pelos santos apóstolos a várias congregações, e que o cristianismo aceita como Palavra autorizada de Deus para nossa época. Mas existe algo que faz do Apocalipse um livro sagrado realmente singular.

E a revelação de Jesus Cristo, expressa em cartas enviadas a sete igrejas situadas na Ásia com instrução para elas e com mensagens proféticas aplicadas a sete períodos específicos da história da igreja.

Ao mesmo tempo contém mensagens universais que produzem a edificação espiritual do crente.

Graças a Deus porque neste estudo hoje temos a oportunidade de lê-las, estudá-las e ser abençoados com suas orientações. Mas lembremos que, além de penetrar em seu conteúdo, devemos obedecer a ele (Ap 1:3), e seremos bem-aventurados.

Há alguma coisa em comum nas cartas escritas às sete igrejas: escreve-se ao anjo ou mensageiro de cada uma delas. Em cada caso, o Senhor Jesus Se apresenta com uma identificação especial adequada às necessidades desse período da igreja. Por exemplo, ao escrever a Esmirna (era de perseguição e martírio), apresenta-Se como "o que esteve morto e tornou a viver" (Ap 2:8).

Há um elogio que reflete as virtudes desse período (menos no caso de Laodicéia, devido a sua mornidão espiritual). Há uma reprovação destinada a ajudar a crescer em áreas débeis da igreja, com exceção do período de Esmirna (era das perseguições e martírio) e Filadélfia (era do reavivamento). Também se inclui uma admoestação e uma promessa.

As sete cartas do livro de apocalipse, foram dirigidas a sete Igrejas que existiam na Ásia Menor, região da atual Turquia (Ap 2:1 - 3:22). Como o livro de Apocalipse (Revelação) é de caráter profético, podemos delinear claramente as diversas fases da Era da Igreja, que marca o fim das eras (1Co10:11).

A seguir apresentamos uma cronologia da evolução da Igreja, em comparação às sete cartas Reveladas por Jesus no Apocalipse.

- ÉFESO (anos 70 a 170 d.C.) Representa a Igreja primitiva pós-apostólica.

- ESMIRNA (anos 170 a 312 d.C.) Representa a Igreja perseguida pelos imperadores romanos.

- PÉRGAMO (anos 312 a 606 d.C) Representa a Igreja Clerical ou estatal, instituída pelo imperador romano Constantino.

- TIATIRA (anos 606 a 1517 d.C.) Representa toda a era da Igreja Católica Romana. Tem início no ano 606 quando o bispo romano Bonifácio é eleito o Bispo da Igreja Universal de Roma, tornando-se assim o primeiro Papa.
Em Tiatira é mencionada a volta de Jesus pela primeira vez nas sete cartas: “Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes, retende-o até que eu venha” (Ap 2:24-25).
Levando em consideração que a época da Igreja Apostólica (Éfeso), a época da Igreja perseguida por Roma (Esmirna) e a época da Igreja estatal (Pérgamo) terminaram, podemos considerar que a expressão ” até que eu venha” pode significar que o período de Tiatira (Igreja Romana) se estenderá até a volta de Cristo para a sua Igreja, portanto a era de Tiatira sobrepõe-se a outras épocas da igreja.
Entendemos também haver um remanescente dentro deste sistema eclesiástico que rejeitam falsos ensinos “aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina”.

- SARDES (anos 1517 – 1700 d.C.) Representa a era da Reforma, desencadeada quando em outubro de 1517 Martinho Lutero afixou suas 95 Teses contra as doutrina praticadas pela Igreja Romana, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.
 Na época era um sistema eclesiástico vivo mas hoje já está praticamente morto, apesar de ainda levar o nome de Reforma. É um sistema eclesiástico que não vigia mais, e grande parte de seus membros rejeitam verdades bíblicas como o Nascimento Virginal, a inspiração plenária da Bíblia, os milagres, a ressurreição de Jesus entre outras.
Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. (Ap. 3.1b-2).
 O fato de ser uma igreja morta é demonstrado pela falta do Espírito Santo em seu meio, e pelo fato de grande maioria de seus membros simplesmente participarem de um sistema eclesiástico, sem terem experimentado verdadeira conversão. Esta igreja Jesus adverte: E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei (Ap 3.3b).
 Esta fase da igreja (Sardes), tal qual Tiatira coexiste com a Igreja que Cristo vem buscar no arrebatamento.

- FILADÉLFIA (ano 1700 a 1900 d.C.) Representa a época evangelística do avivamento e das missões mundiais, quando a Igreja volta a considerar as verdades e doutrinas Bíblicas e o arrebatamento da Igreja volta a ser reconhecido e pregado. É a Igreja verdadeira coexistindo com dois sistemas eclesiásticos formais como vimos anteriormente.

- LAODICÉIA (ano 1900 d.C. até o arrebatamento) É a decadente igreja do fim dos tempos que vemos hoje. Morna e liberal aos costumes mundanos. Mais preocupada com bens materiais do que espirituais.
 Para esta Igreja Jesus disse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap. 3:20.) Esta passagem bíblica chama a nossa atenção para a eminência da Volta do Senhor Jesus.

“Quando alguém está à porta e bate, é porque já chegou”.

Vejamos agora “Os sete tipos de crentes “comparado às Igreja da Ásia menor.

I. O crente Tradicional (do tipo Éfeso)

Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. (Ap 2:2-4)

Aparentemente este tipo de crente seria um tipo “tradicional”, que tenta manter a Palavra de Deus, combatendo as heresias, e principalmente hoje em dia que existem muitos “Apóstolos” e ministros falsos, com doutrinas variadas e vazias, sem base nenhuma na Bíblia, inclusive atribuindo a Deus as suas autoridades.
 Esse crente se firma na Bíblia e acaba duvidando até das ações renovadoras do Espírito, ou seja, devido a tanto engano, ele prefere não crer em nenhum movimento chamado carismático, apostólico, pentecostal.
 Sendo assim este crente acaba perdendo o amor e levando tudo para o lado da Palavra de Deus como se fosse uma lei rígida. Este crente precisa de uma renovação espiritual voltar a amar e buscar a Cristo como no início da fé.

II. O crente Sofredor (tipo Esmirna )

Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém é sinagoga de satanás. Não temas o que hás de padecer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2. 9-10).

Este tipo de crente é o que está oprimido, em local de sofrimento e perseguição, perceba que existe correlação deste crente também com a igreja que estava em Roma no período das grandes perseguições aos crentes, que Paulo diz ser a fé conhecida no mundo todo, inclusive hoje os exemplos dos mártires ainda nos fala de sua fé sacrificial.
 Este crente é fraco em seu poder, porém forte no poder de Deus, pois o poder de Deus se aperfeiçoa na nossa franqueza (2 Co 12:9).
Este crente é um exemplo de fé e de superação no meio da tribulação, veja que nas cartas às sete igreja somente duas não são repreendidas por Cristo Esmirna e Filadélfia, justamente as igrejas mais perseguidas pelos falsos judeus. Baseado nestas características, esta igreja representa o crente com características de mártir, sofredor, exemplo disso dos missionários que dão sua vida à obra de Deus, apesar de tudo.

III. O crente profano (tipo Pérgamo)

Sei onde habitas, que é onde está o trono de satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde satanás habita.  Entretanto, algumas coisas têm contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem. Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas. Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Ap 2-13:16

Este tipo de crente é o que se encontra em um lugar de grande pecaminosidade (trono de satanás), porém apesar de se achar nesse lugar ele luta e não deixa a fé em Cristo, porém na vida deste crente existem algumas coisas que desagradam a Deus, na carta é citado os nicolaitas e os de Balaão, ou correlacionando, são as distorções da Palavra de Deus em proveito próprio.
 Hoje em dia, sem citar nomes também tem algumas denominações evangélicas que distorcem as Escrituras para proveito próprio, caso semelhante aos nicolaitas, ou ainda induzem ao erro como Balaão. Estes crentes muitas vezes são enganados por falsos profetas e falsos doutores, porém eles não deixam a fé.

IV. O Crente Tolerante ao pecado (tipo Tiatira)

 Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas que as primeiras. Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos; e dei-lhe tempo para que se arrependesse; e ela não quer arrepender-se da sua prostituição. Eis que a lanço num leito de dores, e numa grande tribulação os que cometem adultério com ela, se não se arrependerem das obras dela; Ap 2-19-22

Este é o crente que trabalha muito na obra de Deus e produz muitas coisas; crescimento da igreja, discípulos.
Porém vemos que este crente tolera Jezabel (figura de mulher prostituta e idólatra), é certo pelo caráter figurativo de Apocalipse que quando se esta falando de prostituição e idolatria, está se referindo a se colocar algo no lugar de Deus, pois o crente verdadeiro não freqüenta os bordéis, nem utiliza imagens de escultura, mas pode ser avarento (avareza é idolatria), e segundo dizem são duas barras que derrubam o crente a barra de saia (sexo) e a barra de ouro (dinheiro).

Assim este é um crente operante na obra, mas com uma falha muito grande na área sexual ou financeira, as vezes esta operância na igreja é simplesmente para encobrir um relacionamento familiar fraco e carências afetivas não satisfeitas.
 Este crente precisa tomar muito cuidado para não se desviar da fé, ou tentar justificar suas condutas através das teologias dos falsos profetas, principalmente para não cair no meio daqueles que no ultimo dia dirão que fizeram muitas coisas para Jesus, mas não eram conhecido de Cristo.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade (Mt 7:22-23).


V. O crente Improdutivo (tipo Igreja de Sardes )

Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas: Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer; porque não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus. Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares, virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei (Ap 3:1-3)

Este é o crente que está na igreja, porém só é membro, talvez “convencido” pela Palavra e não convertido pelo Espírito Santo. Ele conhece tudo, participa e até coopera, porém ainda não tomou uma decisão verdadeira, pode até ter um comportamento digno de Cristo, porém Jesus ainda não é o Senhor de sua vida.
Como exemplo deste crente podemos enquadrar o mancebo de qualidades em Lucas 18:18-24, o jovem era realmente interessado e compromissado, mas faltava-lhe se entregar completamente a Deus.

VI. O crente Fiel e vencedor (tipo Igreja de Filadélfia)

Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha Palavra e não negaste o meu nome. Eis que farei aos da sinagoga de satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo (Ap 3:8-9)

Este crente é parecido com o crente Esmirna, inclusive ele sofre com os falsos judeus, também só Filadélfia e Esmirna não são repreendidas por Cristo, além de todas as duas se acharem fracas.
 Contudo o diferencial de Filadélfia é que ela será exaltada perante os inimigos de Deus, quando Esmirna será martirizada. Neste ponto entramos num dos maiores mistérios da humanidade. Por que Deus permite que certas coisas aconteçam com os crentes fiéis?
Livra alguns, mas não livra outros? Por que Deus livrou Daniel da cova dos leões, mas não livrou centenas de crentes do martírio com os imperadores romanos?
 Seja como for não da para distinguir o crente Esmirna do Filadélfia, todos são fiéis e sofredores, porém o Filadélfia será exaltado na terra por Deus e o de Esmirna será fiel até a morte.

VII. O crente Mundano (tipo Igreja de Laodicéia)

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quanto amo: sê, pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo (Ap 3:15-20).

Laodicéia - Laodicéia é formada por duas palavras: Laos - povo e Dicéia - opinião ou costume ou voz. Podemos entender que Laodicéia tem o significado de “voz do povo”.
Nesses últimos tempos quem não está em Filadélfia, está em Laodicéia, com suas críticas e opiniões. É a igreja apóstata que anda junto com Filadélfia.
Enquanto Filadélfia está preocupada com Cristo, Laodicéia está ocupada consigo mesma. A opinião, o costume, a crítica, a voz do povo substitui a opinião, o costume, a crítica, a voz do Espírito Santo.
 Jesus está do lado de fora dessa igreja, não há lugar para ele lá dentro, mas o amor de Deus é inesgotável, e Ele está batendo, e apresentando o remédio, até a última hora. A igreja "morna" com uma fé que não é nem quente nem fria (Ap 3:14-22).
Laodicéia é localizada no Vale do rio Lico a oeste da Ásia Menor, a principal rota de comércio entre as culturas do Ocidente e Oriente.
Este é o crente auto-suficiente, que se acha o melhor da criação, “filho do Rei” e não servo de Cristo, muito difundido com as chamadas teorias da prosperidade, ele contrasta com o Esmirna que se acha pobre e é rico, Laodicéia é justamente o contrário se acha rico e é pobre.

Jesus chega ao extremo de dizer que está à porta da igreja, (do lado de fora), batendo (pedindo para entrar na igreja d’Ele), ou seja Laodicéia não está preocupada com Jesus que é o Senhor de todo. Este tipo de crente parece com o fariseu que orava de si para e Jesus relata em Lucas 18.

O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho (Lc 18: 11-12).

É uma oração e um culto centrado muito no eu e não em Deus, veja alguns chavões de crente: “Eu decreto”, Eu profetizo”, “Eu não aceito” e Eu etc...) ou seja tudo no eu.

Este tipo de crente precisa ter uma ter um encontro verdadeiro, com Cristo, abrir a porta e receber Jesus como o verdadeiro Senhor de sua vida.

As sete igrejas de Apocalipse são igrejas literais do primeiro século DC. No entanto, as sete igrejas de Apocalipse também têm um significado espiritual para as igrejas e os crentes de hoje.
Na verdade, o objetivo principal de João ao escrever suas cartas às sete igrejas, era entregar a "avaliação" de Cristo das igrejas daquela época.
No entanto, um segundo propósito para os inspirados textos de João era descrever sete tipos de igrejas (e crentes individuais) que surgiriam repetidamente ao longo da história.

Estas breves cartas às sete igrejas do Apocalipse servem como pequenos lembretes para aqueles que se chamam de "seguidores de Cristo ou cristãos".

Você está realmente seguindo a Jesus? A qual dessas Igrejas você faz parte?
 Jânio Santos de Oliveira

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